| PONTE
 Toda corrente de água desliza entre duas 
      margens. Margens que detêm e ordenam.Que impedem de invadir os campos.
 Que lhe traçam um caminho. Duas margens
 que permitem essa água formar um 
      todo e
 realizar sua tarefa: regar as planícies
 através das quais desliza.
 E as margens ficam distantes uma da outra...
 Elas, porém, podem
        unir-se. Aproximar-se. Fundir-se quase, quando sobre
 as águas se estende uma ponte. 
      E olhando a        ponte sente-se a tarefa imensa e ao mesmo tempo agradável, 
      executada pela ponte. Como um abraço amigo aproxima duas separações. Como 
      um diálogo silencioso faz conversarem duas solidões.
 Como a mão estendida 
      fraterniza dois estranhos. Se a ponte pudesse sentir, poderíamos, sem 
      medo, qualificá-la de feliz. Feliz por ser capaz de tornar o outro feliz. 
      E nunca se colhe maior felicidade do que quando se semeia 
      felicidade.
 Por isso, tem a ponte, para cada um de nós, um profundo e 
      significativo simbolismo. É a lição perene, silenciosa e rica, no dia-a-dia de sua missão de ligar e 
      aproximar. De cortar distâncias. De separar abismos. Por isso, diante de uma    
        ponte nos ocorre reflexões que 
      alguém escreveu... "em 
      êxtase contemplativo olho a ponte, admiro a         
        ponte, escuto a linguagem da ponte:
 “Sou forte, terrivelmente forte,resisto a todos e permaneço 
      sempre estática, mas perseverante em meu posto de 
      serviço.
    
        O segredo de minha 
      força?      
        De minha 
      perseverança?   
        O segredo de minha 
      grandeza?   Nasci para unir. Vivo para unir. 
                   Sirvo para 
      unir!”   
  Senhor, quero ser ponte também!
         Que divino ideal para 
      minha vida cristã! Para minha vida em comunidade com 
      os homens, com 
      meus amigos. Ser ponte! Unir a 
      terra aos céus! Unir os corações entre si. Unir os 
      desunidos. Unir os 
      desencontrados. Unir os 
      corações. Senhor, na estrada da vida, 
       de tantas vidas que 
      por mim passam, quero ser ponte e 
      jamais a muralha. Quero ser passagem para os 
      corações chegarem. Hugo Di 
      Baggio     Voltar   |