Tantas
vezes procurei pelo amor,
Outras tantas fui por ele desejada,
Quantas vezes confiei com fervor,
Quantas fui traída, e não amada.
Serenada aos sonhos e quimeras,
Canto tristes magoas e desalentos,
Será que virás de outras esferas,
E tirarás desta alma os lamentos?
Que
teu terno amor seja a faísca,
Que irá
ungir-me e dar-me vida,
Acariciando minha alma arisca.
E, de
minhas dores renascida,
Como brilho que no céu rabisca,
E
deixa incólume uma vida jazida.