RITUAL DO
AMOR
Ângela
Maria Crespo
Teu amor soa
como pabulagem,
flui de forma insensata e imprecisa,
Termina disperso
como miragem,
encenação que jamais concretiza.
Na sedução de
palavras mudas,
busco motivos para nunca ceder,
entre névoas e atitudes desnudas,
vivo sonho fugaz, sem me deter.
Assim,
em vôo aflito e arrebatado,
fujo deste sentimento deletério,
rumo espaço afora, como ser alado.
E, traspassando o espaço etéreo.
perco-me no ermo do infinito amado,
Como magia de um tênue mistério.