RECOMPENSA
Ângela
Maria Crespo
No
silêncio que minha alma dita,
Entre
uma sombra triste, mas bendita,
Aconchegada a
um suave entardecer,
Que lembra um cipreste a se contorcer,
Pressinto tu, poeta de meu reviver,
Tua súplica, tua saudade, teu sofrer,
Afetuoso sussurro que chega até mim,
Como tormentos de um raro jasmim.
Vinde
poeta, consagrar-me terno amor,
És a benção que meu ser tanto espera,
És a taça que sorverei com tal ardor.
És recompensa para brando clamor,
Triste e perdido em outra esfera,
Velando este incontestável amor.
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