DESPEDIDA


Aqui estou nesta madrugada triste...
Sentindo tua falta em mim...
Queria que meu coração parasse...
Sua dor dilacera todo  meu ser...

Queria pelo menos uma vez mais...
Sentir teu calor em meu corpo,
Sentir teus lábios nos meus,
Sentir que sou plenamente tua.

Triste ilusão de quem tem que ir embora...
E quer segurar por segundos, entre os dedos,
Uma ventura a que não tem mais direito,
Sorver como por encanto, todo o momento vivido.

Querer transportar para o presente,
Um passado que foi gloria e ternura,
Mas como poderia eu, trazer para mim,
O que nunca mais poderei ter.

Não te mereço,  te quero longe de minha desdita,
Te quero seguro, longe de minhas mãos malditas,
Longe de minhas ações que só te atormentam,
Distante destes momentos de acusações.

Deixa que eu sofra só...
Chega de ajudar-me a chorar.
Para teus olhos, só quero paz e amor,
Para os meus, cárcere de uma ré confessa.

Muito amei, cheguei a loucura...
E neste meu amar demente
Te arrastei, sem pena de teu coração,
Esqueci que eras um alguém sublime.

Que teu único pecado,
Foi amar-me com igual loucura,
Quero te ver feliz como outrora,
Quando ainda não conhecias o fel do meu amor.

 Aqui ficarei... Sempre silenciosa
Para que tenhas um final feliz,
Como o que queria te dar,
Mas infelizmente, não poderei jamais.

Ângela Maria Crespo
direitos autorais reservados

 
 
 
 
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