Partiu
outrora para um céu distante,
O astro dos meus olhos preferido,
Viajor em coche de cristal volante,
Por falsos sonhos e âmago ferido.
Então
segui pela vida sem ação,
Da desventura a senda indefinida,
E, deste jeito,caminhando em vão,
Encontrei a noite na manhã da vida.
O tempo
passou, passaram anos,
E, nesta noite infeliz e permanente,
Só conheci amargor e desenganos.
Não tive nunca mais dias risonhos,
Meu coração é frio e descrente,
Vivo no ocaso dos meus sonhos.