O R A Ç Ã O
"Mestre Jesus,
Divino Rabi da galiléia,
recordamos os
Teus atos de coragem no jardim de
Getsêmani; suportaste a agonia da
indiferença dos
apóstolos, quando os convidaste a
orar e
vigiar, já
prevendo a angústia da traição e do abandono
de
Teus discípulos.
Quanta fé
divisamos em Teu rosto,ao seres levado
até Anás, Caifás, Pilatos
e Herodes.
De um
insulto a outro, ouvias as zombarias e sentias
os açoites, mas mesmo assim
permaneceste
fiel ao
Pai
Todo-Poderoso.
A fé não te
deixava fracassar e Teu silêncio era o
perfume da Tua dignidade.
Portavas-Te com firmeza e
serenidade.
Filho dileto de
Deus foste Tu, Jesus, principalmente
quando colocaram em
Teus ombros a
cruz
de
Barrabás.
Quanto peso
carregaste,
pois sobre elas
se encontravam todas as cruzes
dos Teus falidos
irmãos, cujos erros
vieste à
crosta terrena
amenizar.
Dizem que
caíste desmaiado, entretanto nós
Te vimos sereno e sobretudo confiante no Pai.
Tiveste por
momentos a ajuda de Simão, que
voltava
do campo.
Que
benção, Senhor, recebeu Simão, e quanta
lição nos deixaste com este gesto:
todos nós
precisamos de ajuda!
Não obstante a
ação da massa enfurecida e as
duras palavras dos sacerdotes e príncipes,
o Teu semblante era de paz e de perdão.
Com amor
fitaste as mulheres, que Te
seguiram
corajosamente;
elas nada
temiam, tamanha
a fé de cada uma.
E o povo
gritava
"Crucifica-O!
Crucifica-O!",
enquanto
isso, buscavas com amor os olhos de
Maria, desejando reclinar Tua cabeça
para ser
afagada pelas Suas abençoadas mãos.
Contudo, não Te
foi concedido este privilégio.
Uma
queixa se quer murmuraste.
Teu rosto
continuava calmo e sereno.
Ninguém Te
dizia uma só palavra de carinho.
O suor Te
banhava o rosto belo e radiante.
A medida
que os soldados executavam ordens dos
sacerdotes,
oravas por
todos teus algozes:
"Pai,
perdoai-lhes, porque
não sabem o que fazem".
Nenhum
ódio, nenhuma vingança pediste;
ao contrário, apiedaste-Te deles por serem
tão
ignorantes e culpados.
Hoje, Senhor,
os anos se passaram e
permaneces
abrigando cada ovelha
do redil
do Pai, preso
sobre
a cruz de cada pecador,
tendo sempre os
braços
abertos para
nos abraçar
quando te buscamos.
Quantos açoites
ainda recebes da humanidade
materialista, mas
Tuas mãos
prosseguem nos
abençoando; ainda teimamos em mantê-las
cravadas na
cruz;
Tua amada
cabeça continua ferida pela coroa de
espinhos,
que são a
falta de moral, os vícios, a
perversão
sexual, enfim, Jesus,
a degeneração
da família.
Teus lábios
pareciam sussurrar para cada um
de nós:
"meus irmãos,
que as gotas de sangue que
correm da
minha
fronte, das
minhas mãos e dos meus pés não
tenham sido
derramadas em vão,
porque elas
foram gotas do
orvalho
divino caídas para
despertar a Humanidade,
destruindo a morte e abrindo as
portas da
Espiritualidade, onde o
Pai espera por todos
os Seus filhos.
Ele me
deu o poder de acalmar as ondas de
revoltas,
de curar os enfermos,
de ressuscitar
os mortos".
Ele, o
Pai, é Grande,
Rei de todas as
criaturas por Ele criadas, portanto
oremos sempre ao Senhor, como filhos que
somos.
" Assim
Seja".
( oração
feita por Luiz Sergio,
Livro "Dois
Mundos tão Meus") |