ONDE O AMOR?
 
Ontem te esperei novamente,
E, novamente fiquei só,
Será que quando mais necessito,
Tu te esqueces de que existo?,
Onde o amor que tanto apregoas?
Onde a paixão desmedida e forte?
Será que só existo quando me queres?
Quando preciso de sua acolhida,
Sinto ausência de tudo...
Chão sob meus pés,
Calor para meu frio dissipar,
Palavras para meu coração atender.
Muitos amores vivi nesta vida,
De muitos braços conheci o fogo,
Em muitas bocas encontrei o gozo,
Mas, em ninguém, meu ser aninhei,
E, a ti que entreguei meu infinito,
Triste realidade... 
Nada entendes de amor.
Amor sem alicerce é destruição,
Afeto sem amor é triste migalha,
Carinho sem ardor é desilusão fatal,
É folha de outono caída, morta,
Onde tuas juras acaloradas?
Onde teus passos que me procuravam?
Esvaem-se sempre que deles preciso,
Não vou mais viver esta vida insana,
Não quero mais me sentir perdida,
Nem quero meros carinhos roubados,
Quero o fogo de paixões ardentes,
Quero novamente, só me deixar amar,
Não quero ser mais uma presa incauta,
Quero a liberdade que meu ser exige,
Não ser mais uma alma escrava...
Do amor, de ilusões e meros sonhos.

 

Ângela Maria Crespo
Direitos autorais reservados

 
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