O
Amor e o náufrago.
Ângela Maria Crespo
Na
vida o amor é como um náufrago,
Singra
mares em viagens deleitosas,
jamais desiste da
busca pelo afago,
Segue o
rumo em naus majestosas.
Nenhum revés lhe detém a jornada,
nenhum
entrave requer abatimento
Procura sempre ter sua dor ceifada,
Nenhum tufão lhe deixa ao relento.
Mas a vida tem inúmeras ironias,
Após tempestades, quase extinto,
Depois de lutar em tantas enxovias,
Sobrevive levado
só pelo seu instinto,
E quase livre de furacões e calmarias,
Encontra o
porto num imenso labirinto.