INFORTÚNIO
Ah...quantas vezes uma dor intensa, Que me
oprime, cada vez mais forte, Me leva ao delírio...é
tristeza imensa, Sem rumo, sigo, como num transporte.
Quando uma alma geme e chora,
sofre, qual uma segunda Iracema... e este
sofrer que tanto deplora... É triste infortúnio ou
um dilema? Seu ego paira
indeciso, num poema grave e terno, entre
a lágrima e o sorriso. E,
mártir do anseio eterno, faz
crer que o mal é preciso, e nunca haverá
Céu sem Inferno.
autoria:-
Ângela Maria Crespo
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