IDOLATRIA
Já cansada, mas ainda não
descrente,
Deste amor insano, fiz cega
idolatria,
Por alguém que diz
querer-me, tola ironia,
Sinto-me desprotegida, vago
como demente.
Das meras juras de um coração
ausente,
Com total desesperança, alheia ao mundo,
Sigo como morta viva, eis que me confundo,
Quero algo que reviva este coração de crente.
Tento opor a grande dor
que me crucia ,
Refreando assim o
mal que me trucida,
E, tirar da carne tudo que o denuncia.
Não direi adeus a minha
pobre vida ,
Prefiro o cantar triste da dor reprimida,
A lânguida canção de uma despedida.