Horas que vão, mergulham no
passado,
Num desenlace rápido e
indolor,
Horas que vêm, ruidosas, num
bailado,
Quando se vão, levam um sinal de
dor.
Horas que vêm, são como ilusões
tardias.
Levam consigam
efêmeras cumplicidades,
Horas que vem, como o nascer dos
dias,
Tombam no poente,sem deixar
saudades.
Todas chegam com promessas
vãs,
E, uma após outra, em desenlaces
vão,
Deixando-nos pobres, sem lembranças
sãs.
Vão-se todas, outro dia chega,
enfim,
Novas horas, novos
sonhos...motivações,
Mas partirão novamente...nunca terão
fim.
autoria: Ângela Maria
Crespo
(Direitos autorais
reservados)