Julguei-te
um Deus e sobre um altar
doirado
Deste meu coração, depus
a tua imagem;
Mas
foste cruel, irrefletido, malvado,
Taxando-me sem dó, de infausta
miragem.
Meu
triste coração, suscetibilizado,
De amor e dor ao mesmo
tempo estua,
E todo o tédio teu e toda
magoa tua,
Provém de um ser jamais penalizado.
És um ser sem alma, me
atiraste a face!
Trucastes assim de pérfida,
transformando,
Uma questão de amor em mero
interlace.
Mas, ainda te quero, mesmo sem
legado,
Que seria de mim, se não me
conformasse,
Com este sentimento que me
foi logrado.