Ele
Morreu Para Nos Salvar...
Insignificante, qual grão de
mostarda; silencioso
como seu nascimento no
coração da noite...
Foi assim que entrou no
mundo o reinado de Cristo.
É que os
seus caminhos não são os caminhos dos homens.
Em suas mãos não faísca o
brilho sedutor do ouro,
das fortunas terrenas.
Renúncia e generosidade são
as condições que faz.
Fé, esperança e
fraternidade vem desenhadas,
em letras marcantes,
no centro da sua bandeira.
Os caminhos do Mestre
não são os caminhos do mundo.
A espada faz escravos, mas
não conquista corações.
Desprezou as armas,
desprezou exércitos, plantou
apenas uma Cruz à beira dos caminhos, na encruzilhada
dos tempos. E essa Cruz, que
os homens altearam,
tornou-se o eixo central do
mundo.
Símbolo de escárnio, de
ignomínia e loucura,
converteu-se em sinal de
redenção.
E, desde então, na
encruzilhada dos caminhos, no
vértice das igrejas e das
montanhas, na parede das
casas e nas frontes
dos homens, sobre o berço das
crianças e sobre a tumba dos
mortos, o Crucificado se
ergue e fala, de braços
abertos e com o coração
traspassado.
Os seus caminhos não são os
caminhos do mundo.
Não era um estadista. Não
era um sábio da Grécia,
nem um jurista da Roma
imperial dos Césares.
Era um simples carpinteiro
da aldeia.
Tinha um coração imenso,
profundo, terno,
compassivo,
forte e sensível.
Fazia milagres sem buscar
publicidade, tão somente
para servir, para mitigar a
dor alheia,
para redimir a humanidade.
Morreu para que
vivessemos.
Trouxe mensagens de amor do
céu à terra,
esta terra que tanto
precisava do céu.
E, com voz acolhedora,
convoca os corações de boa
vontade para continuar a sua
obra inacabada.
Por toda a parte, a quem
quiser ouvir e souber
compreender, o grande
segredo da verdade é revelado:
- "Assim como Eu vos amei,
amai-vos também.
Aquilo que Eu fiz,
fazei-o igualmente vós."
Realizou a sua Páscoa e a
realizou definitivamente,
a fim de nos arrastar
com Ele e permitir às sucessivas
gerações humanas fazer
sua passagem para Deus,
pelos caminhos misteriosos
da Ressurreição.
Em que pese caminharmos à
luz da estrela pascal,
nem tudo é absolutamente
luminoso nos itinerários
do dia-a-dia.
Nem tudo é sucesso,
facilidade, compreensão.
A vitória de Cristo não
eliminou a agonia dos momentos
cruciais, as asperezas da
jornada.
Mas nós sabemos para onde
vamos, repetindo os passos
do Senhor, sua vida oculta e
pública, seu Getsêmani,
seu Calvário e seu Tabor, a
caminho da Ressurreição.
O Coração de Jesus é tão
grande, tão imenso,
tão hospitaleiro, que dentro
dele cabem o santo e
o pecador, você e eu, o mundo inteiro.
(desconheço
o autor)
Voltar
Evie esta página para um amigo