Desolação
Ângela Maria
Crespo
No limiar
desta triste guerra e sua sina,
Cri
que, depois de sofrerem tantos danos,
Os guerrilheiros desta torpe carnificina,
Retornassem das guerras mais humanos,
No dilúvio de
sangue que a cobria,
Nestes
desditosos e desumanos anos,
Julguei que a
humanidade emergiria,
Regenerada
pelos desenganos.
Vieram outras
guerras em má hora,
E os loucos,
noutro mar de sangues imersos,
Não vêem que
o mundo, sem amor, piora.
Com pesar,
pois, descrevo nestes versos,
Que contra
minha ambição de outrora,
Os homens cada
vez são mais perversos.