DESENGANOS
 
Ângela Maria Crespo
 
 Tu julgas que nada sei de desamor,
Olvidas que, ao lançares teu olhar,
Não sinto tua mensagem e clamor,
Sei da tua verdade, do teu vibrar.

Sinto ondas furiosas sublevarem,
Neste mar soturno, insopitável,
Rogam clemência ao teu desdém, 
Para libertarem-se deste cinzel.
 
O desamor não só fere, mortifica,
É viver só em mórbida penumbra,
    Aniquilando minha pobre súplica.    
 
E quando a insônia me devora,
Tudo se figura em veloz obumbra,
E o negro véu de meu olhar só chora.

 

Direitos autorais reservados.

 

                   Voltar poesias                  

                               Voltar página inicial

 

Clique aqui  para enviar esta página para seu amigo(a)

>