DESCRENÇA
 
De esperanças vivo tão sozinha,
Como de todo sentimento avaro,
E o destino da vida que caminha,
 Me deixa abatida e sem amparo.

Prefiro ocultar minha descrença,
E indiferentemente tudo encarar,
Mas, ao voltar da luta vã e intensa,
Me sinto desiludida, almejo parar.

Mas, não fugirei inerte desta luta,
Porque depois da vida terminada,
Toda liberalidade é mera disputa.
 
E, nesta misera batalha, sem viço,
Após a redução do próprio Nada,
Eu nada mais espero, nem cobiço.
 
Ângela Maria Crespo
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