DESCRENÇA
De
esperanças vivo tão sozinha,
Como de todo
sentimento avaro,
E o destino da vida que caminha,
Me deixa abatida e sem amparo.
Prefiro ocultar minha descrença,
E
indiferentemente tudo encarar,
Mas, ao voltar da luta vã e intensa,
Me sinto desiludida, almejo parar.
Mas, não fugirei inerte desta luta,
Porque depois da vida terminada,
Toda liberalidade é mera disputa.
E, nesta misera
batalha, sem viço,
Após a redução do próprio Nada,
Eu nada mais espero, nem cobiço.