Terra e mar
são eternos amantes...
A afeição que os une é bela e profunda,
É um idílio
terno que nosso bem redunda.
Tantos nos maus como nos felizes
instantes.
Na seca não há mais felizes amantes,
Mas, quando as cheias
chegam, ele a inunda,
E torna então a tristonha terra mais fecunda,
Para o
bem estar de seus infinitos habitantes.
Quando é tocada de flores
finalmente,
Ela, vaidosa, esquecendo suas mágoas,
Corre mirar-se no
espelho da corrente.
E ele tem tanto amor a esta amada linda,
Que, ao
passarem por ela, suas águas,
Voltam atrás, para admirá-la
ainda.
autoria:-Ângela Maria Crespo
(direitos
autorais reservados)