Anuncia-se
a Paz. Dobram os sinos na igreja,
Abençoada alegria, o tormento chega ao fim.
O mundo
inteiro exulta, o sofredor arqueja,
Terminam tragédias e crueldades, enfim.
Mas há quem cante a paz e quer a guerra,
Quem arme no estaleiro e quem afunde a nau,
Conforme o prisma, pobre de nossa terra.
Tudo desencadeia sofrimento em alto grau.
Na
guerra, a antevisão do futuro me aterra,
Na paz, a antevisão do futuro me apraz,
Enquanto
a guerra põe o inferno na terra.
Somente
a paz, o sossego a vida traz,
Na paz
, me tortura o receio da guerra.
E,
na guerra, me alenta a esperança de paz.