A HUMANIDADE
Por longes
terras divaguei sozinha,
Vi costumes e
povos diferentes,
Vi belas obras e coisas deprimentes,
Triste cilada que para mim caminha.
Vi a margem o plebeu mesquinho,
Vi sempre em festa os ricos indolentes,
Vi muita lágrima e ranger de dentes,
Vi Sodomas, Gomorras, ufano espinho.
De miseráveis lugares procedendo,
Num processo
destruidor estupendo,
Chorei... aos céus
implorei um alento.
Mas, a humanidade, ri inerte, dementada,
Regresso enfim, desiludida,desalentada,
Só no amor
Maior encontro o acalento.